A violência sempre esteve presente na
história da humanidade, não nos deixando esquecer-nos da nossa origem “animal
e irracional”, e a doença mental sempre esteve associada injustamente à
práticas violentas. Talvez numa tentativa de se diferenciar dos demais, já que
não agiam de fato da mesma forma, a sociedade ao longo dos anos tratou de
encontrar inúmeras justificativas para os “desvios de personalidade”, dentre
elas, o determinismo biológico, no qual eram presos na mesma sela e com igual
culpa, presos e insanos.
O uso de álcool e
drogas está muito mais associado à violência do que a doença mental. Violência
teve a sociedade durante todos os anos que antecederam a reforma
psiquiátrica, pois prendeu os loucos nos hospícios, e era o
pessoal de lá que amarrava, as vezes sedava, e feria sua integridade moral.
A violência exercida ou sofrida, por
outro lado, pode sim desencadear um processo de adoecimento mental devido a
práticas abusivas como: violência sexual, patrimonial, moral, psicológica ou
sexual, acompanhada ou não de agressão física. As ações da saúde tem como
finalidade a prevenção e intervenção curativa após os ocorridos, porém, a
violência, mesmo associada ao adoecimento mental ou por causa dele, não
representa um único foco para a saúde. Entende-se assim a importância entre as
diversas áreas de intervenção do governo, tendo em vista a problemática
observada e baseando-se na visão moderna de saúde como um conceito mais
abrangente.
“Se for verdade que a violência hoje é
algo normal, ou os loucos são de fato exceções, ou são melhores do que os
demais nesse sentido.”
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